Módulo de sensores ambientais para Raspberry Pi: Enviro pHat

Novo produto da Pimoroni concentra sensores de temperatura, pressão, iluminação, cor, movimento e direção.

A Pimoroni anunciou sua Enviro pHAT, plaquinha de expansão para o Raspberry Pi que oferece 5 sensores ambientais de uso comum, e permite que até 10 variáveis sejam monitoradas.

A Enviro pHAT reúne em um mesmo módulo fácil de plugar uma série de sensores similares aos que muitos praticantes do Arduino inspecionam em suas experiências iniciais: temperatura, pressão, iluminação, cor RGB, movimento em 3 eixos, e direção (bússola). Além disso, o módulo inclui mais 4 entradas analógicas de 3,3V, para leitura de outros sensores à escolha do freguês (desde que ele os conecte, claro).

Os sensores e canais da placa são o BMP280, TCS3472, LSM303D e ADS1015, sendo que o sensor de cor RGB é auxiliado por 2 LEDs brilhantes, que podem ser acesos e apagados (conjuntamente) sob demanda pelo software, para quando a aplicação exige iluminar o objeto cuja cor será identificada.

O lado do hardware já vem resolvido, e o desenvolvedor pode se concentrar diretamente nos aspectos de software e integração.

Mas o aprendizado oferecido por um módulo pronto como esse não é (nem busca ser) o mesmo que se alcança ao plugar esses sensores individualmente numa protoboard e conectá-los a um microcontrolador: aqui o lado do hardware já vem resolvido, e o usuário interessado fica exposto muito mais aos aspectos de software e integração: obter os dados, registrá-los, transmiti-los, publicá-los, tratá-los, etc. – tudo isso em um ambiente com mais memória e recursos do que o programador encontra num típico microcontrolador de 8 bits.

O desenvolvimento do software em questão pode ser muito facilitado pela disponibilidade de uma biblioteca específica para a Enviro pHat, já disponibilizada no Github pela Pimoroni.

Pi HATs: o que são, de onde vêm, o que comem

HAT é uma especificação aberta, proposta pela Raspberry Pi Foundation em 2014 (logo após o lançamento do modelo B+), para otimizar as placas feitas para serem plugadas nos modelos recentes de Raspberry Pi.

A intenção é que o usuário possa saber que, se o nome é HAT, significa que o fabricante atendeu um padrão específico de pinagem, dimensões, fixação, compatibilidade com outros recursos, e até facilidades de reconhecimento automático pelo Raspberry Pi. Além disso, quando as condições são favoráveis (o padrão não as exige), é possível empilhar vários HATs no mesmo Raspberry Pi, agregando suas funcionalidades simultaneamente, como no exemplo abaixo:

A adoção do formato, pinagem, identificação, alimentação e outras características do modelo HAT pelos fabricantes de acessórios é totalmente opcional mas, como o nome é registrado, a fundação só permite que produtos sejam chamados de HAT se eles seguirem as características oficiais.

Como é típico nesse meio, o nome foi escolhido com humor, porque HAT forma um duplo sentido interessante: além de significar Hardware Attached on Top (ou hardware anexado em cima), é também a palavra chapéu, em inglês.

Os pHATs da Pimoroni implementam uma parte do padrão HAT, mas abrem exceções para outras - por exemplo, o tamanho é diferente, o que facilita o aproveitamento quando usado em conjunto com o Raspberry Pi Zero, por exemplo.

Detalhes sobre a Enviro pHAT

O novo produto da Pimoroni é compatível com os modelos de 40 pinos do Raspberry Pi, ou seja, modelos 3, 2, B+, A+ e Zero.

A Enviro pHat está em estoque na data desta publicação, ao custo de £16 (mais frete, mais taxas).

Não é barato, e a Pimoroni não entrega no Brasil, que está incluído na sua lista de 13 países excluídos "por restrições ao comércio ou alto nível de atividade fraudulenta".

Mesmo assim, a ideia talvez lhe inspire, e pode ser possível comprar o produto em distribuidores internacionais da Pimoroni, como a Adafruit.

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Por Augusto Campos, autor do BR-Linux e Efetividade.net.

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