Circuito 3, parte 1/3: uma estrutura mais permanente

Antes de providenciar para evitar que o led volte a queimar, vamos colocar a casa em ordem, para tornar mais estável e flexível o nosso circuito.

O circuito 2 foi importante para demonstrar de forma bem viva (ou morta, do ponto de vista do led que queimou) como a fórmula da lei de Ohm é importante para escolher os componentes de um circuito de acordo com as cargas que ele precisará suportar.

Nele, usamos um potenciômetro para variar a resistência entre o banco de pilhas (de 6V no total) e o led, até que ela baixou tanto a ponto de permitir a passagem de uma corrente superior aos 0,02A, que era o máximo suportado por aquele led – que queimou, como previsto.

Seu sacrifício pela Ciência não será esquecido, led vermelho!

O próximo passo lógico, do meu ponto de vista, é reprojetar o circuito para permitir que o potenciômetro continue sendo usado para fazer variar o brilho do led, mas jamais permitir chegar a ele uma corrente acima do seu limite de tolerância. Esse será o Circuito 3.

Montagem mais sólida

Antes de agregar ao circuito essa proteção, entretanto, preciso resolver um outro problema prático: aquela montagem totalmente baseada em grampos que eu vinha usando está chegando ao seu limite. Os grampos são muito grandes em relação aos demais componentes, o contato direto entre os componentes reduz a flexibilidade, e tudo isso facilita a ocorrência de falhas por curto-circuito ou por desconexões indesejadas.

Em breve estarei usando montagens mais modernas (breadboards, protoboards) mas, fiel ao modelo que escolhi para o meu aprendizado, optei por fazer uso de um recurso mais clássico (e limitado): uma barra de junção, como a da imagem acima.

Na barra de junção, os terminais dos componentes que precisarão fazer contato são parafusados em um mesmo borne, ou em bornes adjacentes (cada par de bornes está conectado eletricamente entre si).

O resultado ficou assim:

Para facilitar a explicação, usei setas coloridas. Acompanhe comigo:

  • Os 2 bornes indicados pelas setas pretas são adjacentes, portanto estão em contato elétrico entre si. Em um deles eu fixei o fio preto (negativo) das pilhas, e no outro fixei um jumper1 conectado à perna de entrada do potenciômetro.
  • Os 2 bornes indicados pelas setas vermelhas também são adjacentes (com contato elétrico entre si, portanto). O fio vermelho (positivo) das pilhas está fixado a um deles, e a perna mais comprida (positivo) do led está fixada ao outro.
  • Os bornes indicados pela seta verde e pela seta azul também são adjacentes e estão em contato elétrico entre si, mas não seria conveniente ligar a outra perna do led e o jumper ligado à saída do potenciômetro a esses lados opostos, então conectei ambos ao mesmo lado, o que garante igualmente o contato.

Com essa montagem, a fixação fica garantida, e posso mexer tranquilamente em cada parte do circuito sem desmontá-lo todo. Note que ainda estou usando grampos para fixar os jumpers às pernas do potenciômetro: limitando-me a esses 2, eles não me atrapalharão.

Mudou para permanecer igual

Neste momento, o novo circuito é funcionalmente idêntico ao circuito 2: girando o potenciômetro no sentido horário, o brilho do led (agora verde) aumenta e, se eu girar até o limite, o led irá queimar.

Na parte 3 desta experiência esse risco de sobrecarga e queima do led passará a ser evitado.

Antes disso, entretanto, há um efeito adverso dessa nova montagem que precisará ser tratado: o led fica aceso até drenar as pilhas, pois não há como desligá-lo sem desconectar algum componente fixo.

É isso que pretendo resolver na parte 2 da montagem deste circuito, a seguir.

 
  1.  Geralmente um fio flexível, desencapado nas 2 pontas, usado para conectar 2 terminais.

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Dos leds ao Arduino, ESP8266 e mais

Aprenda eletrônica com as experiências de um geek veterano dos bits e bytes que nunca tinha soldado um led na vida, e resolveu narrar para você o que descobre enquanto explora esse universo – a partir da eletrônica básica, até chegar aos circuitos modernos.

Por Augusto Campos, autor do BR-Linux e Efetividade.net.

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